sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Comportamento em etapas não presenciais de processo seletivo pode ser decisivo

Muita gente não liga, mas o comportamento de um candidato nas etapas não presenciais de um processo seletivo pode ser decisivo para a eliminação ou não do mesmo.
Isso porque, segundo adverte a consultora de Recrutamento e Seleção da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Cláudia Callé, este primeiro contato é uma das principais fases do processo.
“Se o primeiro contato não for bom, provavelmente a pessoa não será chamada para outras etapas. Essa é uma fase importante, na qual o candidato deve criar empatia com o entrevistador e não deve de forma alguma ser encarada de maneira banal”, diz.

O que fazer?
Ainda na opinião da consultora, em um contato por telefone, por exemplo, o candidato deve atender o recrutador com atenção e deixar transparecer o seu interesse pela oportunidade oferecida.
Além disso, é importante atender o interlocutor de maneira tranquila e responder com informações verdadeiras a todas as perguntas.
“Se a pessoa não tiver condições de falar no momento, se estiver na rua, no trabalho ou com amigos, por exemplo, é melhor pedir para que o entrevistador ligue em outro horário”, explica o gerente da Foco Talentos, Gustavo Nascimento.

O que elimina?
De acordo com Nascimento, as etapas não presenciais de um processo seletivo podem ser dividas em dois grupos. O primeiro seria direcionado à seleção de estudantes ou recém-formados para grandes processos de programas de estágio e trainee, com a finalidade de fazer uma triagem dos candidatos por meio de testes on-line.
O segundo, que conta com a pré-entrevista por telefone, skype ou e-mail, é mais voltado para a seleção de vagas pontuais e tem como objetivo checar as informações colocadas no currículo, além de verificar se o candidato atende aos requisitos mínimos para a vaga.
Por isso, dizem os especialistas, é importante que o candidato não cometa erros de português, não fale de maneira extremamente informal, não se demonstre desmotivado e evite, inclusive, deixar no telefone mensagens engraçadas, ou mesmo, deixá-lo sempre desligado.
“A pessoa tem de lembrar que ela deu aquele número para um processo seletivo, portanto ela deve evitar mensagens engraçadinhas e mesmo atender o telefone de forma mais informal”, diz o gerente.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O passo a passo para construir um currículo bem sucedido



Quem, nos dias de hoje, não se interessa por ter um currículo bem feito?
Além de constituir um importante instrumento para a divulgação, um bom currículo subsidia seu proprietário com argumentos valiosos em uma entrevista. O Currículo Vitae, que significa curso da vida, é diferente para cada pessoa porque cada um vive experiências de forma única.
Importante compreender logo que não há uma receita para "melhoria da aparência de um currículo" porque a qualidade do CV (apelido carinhoso que o documento recebeu) ficaria comprometida, se tratada só na superfície. Na verdade um bom CV tem que ter alma!
Ao invés de apenas listar atividades e funções, ele deve contar o que você realizou de valor, mostrando, assim, o que você está pronto para entregar. E a melhor maneira de redigí-lo é contando as situações vividas. Portanto, não caia na armadilha do: "Habilidade em liderança" ou, "Capacidade de trabalhar em equipe", frases que soam vazias porque não há um fato que comprove estes comportamentos. Prefira, por exemplo, "10 anos de experiência na liderança de equipes de vendas em indústrias farmacêuticas em âmbito Brasil".

Dicas
Considerando que o currículo tem por objetivo lhe apresentar, é bom que as pessoas consigam compreender sobre o que você está falando. Clareza, objetividade, português correto, lógica na disposição de idéias, são requisitos básicos.

Preparando-se
- Separe a carteira profissional, acione colegas, consulte seus guardados e levante as empresas por onde passou, cargos que ocupou, períodos em que ficou em cada cargo e empresa, cursos, trabalhos no exterior e demais realizações importantes. Use Papel A4 ou Carta, letra preta, corpo 11 ou 10,5 . Dados reunidos, mãos a obra.

Escreva primeiro a Identificação e os dados pessoais:
Nome, endereço (completo com CEP), email e telefones (com prefixo)
Nacionalidade, data de nascimento, estado civil e número de filhos.
Em seguida coloque o título: sua área de atuação. Como as empresas adotam nomenclaturas diferentes, escrever um cargo pode ser um limitador.

Agora um item importante, uma introdução, um resumo de todas as suas experiências: as Qualificações. Este item deve trazer seus diferenciais de carreira, suas vivências e conhecimentos de modo geral. É uma espécie de "telegrama", que pode decidir a leitura do restante do currículo.

Se você fala outros idiomas aqui é um bom lugar para colocar, juntamente com a formação acadêmica, se ela for um diferencial. Dependendo da sua trajetória e de seus objetivos pode ser interessante escolher um currículo do tipo cronológico ou um do tipo funcional.

A diferença é que o cronológico privilegia a evolução da carreira (cargos ocupados e promoções) enquanto que o funcional dá ênfase as experiências e conhecimentos adquiridos, independente dos cargos ocupados.

Qualquer que seja sua escolha, as "Principais Realizações" estarão incluídas. Para construí-las é necessário que você considere para cada realização a seguinte equação:

desafio/problema/contexto/meta + sua ação específica = resultado obtido

As "Principais Realizações" funcionam como uma prova de que você cumpriu com êxito o que foi contratado para fazer. Podem ser escritas separadamente ou junto com a descrição de cargos.
Se você escolheu o CV funcional, agora é a vez do Histórico Profissional que trará apenas o registro das empresas, cargos e períodos. Se você escolheu o CV Cronológico deverá então mudar o título para Experiência Profissional porque além dos registros, também fará a descrição dos cargos mais recentes.
Importante: no CV a ordem é: do mais recente para o mais antigo, ou seja, comece pela última empresa onde trabalhou, último cargo ocupado, última graduação, etc.
Enfim os Cursos. Escolha aqueles que valorizem a sua carreira. Se o leitor chegou até aqui, ele busca um complemento interessante, não estrague tudo citando o curso de datilografia, que apesar de lhe ajudar a digitar rápido, vai passar a idéia de que você é pré-histórico.
O que não vai no currículo
- Fotografia – Só se você for modelo e estiver enviando um book.- Data e assinatura – Para quê? No cv não vai nada desnecessário. Papel colorido – Não adianta, você não vai ser escolhido por que o papel é diferente. Viagens a passeio – Pode ser que você tenha gostado muito, mas realmente não interessam para o recrutador Documentos – Desnecessário e perigoso, pois o CV pode chegar a mãos não idôneas. Referências – Passar o telefone e email das pessoas as expõe desnecessariamente. Deixe para fazer isso quando estiver adiantado num processo seletivo e souber exatamente para quem você forneceu os dados.
Pretensão salarial – Jamais. Como você pode pretender ganhar um valor se saber qual é o trabalho a fazer? Espere pela entrevista. Símbolos como: telefones e estrelas – O uso pode comprometer a mensagem profissional que o documento deve passar.

Finalmente, para evitar que você entre em total desespero minutos após começar a disparar seu currículo, antes soltar a “fera” faça o seguinte: * Passe o corretor ortográfico – erros de português são imperdoáveis. * Confira seus telefones e emails – se trocar um número ou uma letrinha já era. * Peça a alguém que faça uma leitura minuciosa – com tanto copy and paste, pode ser que você tenha deixado alguma frase sem sentido.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Quanto você paga pela falta de foco?

Se te perguntassem hoje, neste exato momento, quantas vezes você perdeu o seu foco com outras atividades, ligações, e-mails, redes sociais ou pessoas, provavelmente diria que foram inúmeras as pausas, não é mesmo? Um ingrediente que está em falta no dia-a-dia das pessoas, cada vez mais, é o foco.
A tecnologia e o ambiente de trabalho têm sido fatores determinantes para todo mundo deixar de manter a concentração de determinadas tarefas.
Essa "desatenção" cria, consequentemente, o modelo de "multi-tarefação", ou seja, as pessoas preferem adotar esse método para correr atrás do tempo perdido e realizar todas as pendências em curto prazo. Feito alguns cálculos, consegui avaliar que "multitarefar" pode custar de 1 à 3 horas por dia. Isso quer dizer que, se cumpríssemos apenas uma atividade por vez economizaríamos algumas horas diárias, produzindo o mesmo volume de atividades, em um menor espaço de tempo.
De acordo com pesquisa realizada pela Workplace Options, empresa especializada em serviços de Estrutura Analítica de Projetos (EAP) para analisar o resultado da perda de foco, ao serem questionados, 53% dos entrevistados afirmaram que as distrações no ambiente de trabalho afetam sua produtividade. Segundo Jonathan Spira, co-autor do estudo, estas distrações chegam a custar US$ 650 bilhões por ano! É muito dinheiro gasto de maneira improdutiva, não é mesmo?
A pesquisa ainda questionou os profissionais sobre o uso da tecnologia nas empresas. Para 60% dos trabalhadores, ter um smartphone auxilia no aumento da produtividade. Já 35% afirmaram que esses equipamentos aumentam o nível de distrações durante o dia e, para 50% dos participantes esse padrão se replica na vida pessoal.
Agora, somando o problema dos aparelhos tecnológicos com as redes sociais, a situação se agrava. No estudo, 55% dos entrevistados sentem que acessar esses meios de comunicação no trabalho aumenta um pouco ou de forma significante o volume de distração. Imagine mais da metade de sua empresa deixando de prospectar novos clientes, criar os relatórios do mês ou pensar em novas ações por terem dedicado tempo às atividades circunstanciais, aquelas que não trazem resultados efetivos. Provavelmente toda a produtividade do seu negócio seria comprometida.
Outro resultado importante divulgado na pesquisa remete ao que todos nós já percebemos: 42% dos entrevistados estendem o seu horário de expediente para poder trabalhar sem serem interrompidos. Isso é a tradução de que as pessoas estão precisando de mais tempo para fazer as mesmas atividades que fariam durante um dia normal de trabalho, caso não fossem interrompidas com todas essas demandas.
E esse problema não fica só na pesquisa, há consequências: cerca de 1/4 dos entrevistados conhecem alguém que foi demitido por perder tempo no escritório com esses tipos de distrações. E você, anda perdendo o seu foco?

Veja algumas ações que podem auxiliar para você cumprir suas atividades mais concentrado:

· E-mail
– Ficar com e-mail aberto faz o nível de interrupções crescer e aumenta a sensação de atividades por fazer. Defina períodos para lidar com as suas mensagens;

· Redes Sociais – Você usa twitter, facebook, orkut, etc? Controle a ansiedade de ficar conectado a essas redes. Utilize em eventuais intervalos do dia ou no horário de almoço.

· Pessoas – Se muita gente interrompe você, pode ser porque sua comunicação não anda muito adequada. Faça uma revisão de como redige os e-mails, concede informações e delega atividades.

· Ainda está com falta de foco? – Começa uma atividade e em pouco tempo salta para outras tarefas? Se a atividade for grande, quebre em pequenas atividades, feche qualquer outro software que não esteja usando, coloque o celular no silencioso e, se funcionar para você, ouça música.

E lembre-se: não ter foco para cumprir suas atividades diárias pode custar bilhões de dólares! E mais, o problema só tende a se agravar. Então, vá atrás da concentração e seja mais produtivo!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Gerenciando equipes muito ruins



Muitos gestores organizam o trabalho como se fossem ter à disposição os melhores funcionários do mundo. Como evidentemente não têm, queixam-se de sua sorte e da empresa, crucificando a "incompetente" área de RH, que nunca consegue selecionar os empregados de que preciso.
Sempre afirmo que ninguém é pago para ser ingênuo ou para trabalhar em um mar de rosas, com abundância de dinheiro e de pessoas talentosas. Portanto, um gestor com um mínimo de competência administrativa e senso da realidade não pode preparar seus processos contando com os melhores profissionais, pois a probabilidade de que não conte com mão-de-obra extremamente qualificada é muito grande.
O gestor precisa estudar, com o auxílio de RH, os perfis que realmente terá à disposição (em função do mercado e do salário que a empresa pode pagar) e preparar o trabalho para ser feito com garantia de qualidade mesmo com uma equipe muito ruim. E, o melhor, sem queixas!
Como se gerencia um grupo ruim? Missão impossível? Longe disto. Em primeiro lugar, o gestor deve estudar detalhadamente o mercado e compreender com clareza quem terá à disposição. Se não for "o time dos sonhos", precisa arrumar em seus processos:

1. Treinamento forte.
2. Padrões documentados.
3. Supervisão excelente.
4. Automação (toda que for possível).
5. Inspeção rigorosa.

Todos estes cinco itens serão planejados em função dos perfis reais e não em função de perfis sonhados, mas inexistentes. Eles amenizarão o fato do gestor ter uma equipe ruim. A falha não reside no fato de não termos pessoas talentosas e automotivadas à disposição, mas no fato de não reconhecermos e não nos prepararmos para esta realidade.
Sonhar ou reclamar certamente não são bons negócios e não resolvem absolutamente nada. Ter funcionários muito jovens e/ou mal pagos e/ou com perfis fracos não é desculpa para equipes de baixa performance. Muitos gestores são preguiçosos e procuram o atalho, isto é, não preparam planos de treinamento, não escrevem procedimentos, não mapeiam processos, não desenvolvem (estes, sim) supervisores excelentes, não estudam automação nem implantam inspeção rigorosa.
Não tem paciência para isso. Preferem a zona de conforto onde acusam a empresa e RH de não contratarem as melhores e mais talentosas pessoas.
O gestor precisa viver um paradoxo: ter um grupo ruim (exagerando na expressão) e, mesmo assim, ter a capacidade de organizar o trabalho para suavizar esta ruindade e obter resultados. Se não fosse assim, para que seriam necessários os gestores?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Como manter a equipe motivada para trabalhar com garra e determinação

A situação é tão comum que não seria difícil imaginar gerentes ou supervisores de equipes "apanhando" no seu dia-a-dia na tentativa de motivar suas equipes sem sucesso aparente. Por que será que é tão difícil motivar uma equipe? Na verdade não é tão difícil quanto parece, não que seja fácil tampouco.
Mas, se os gestores seguirem alguns passos, aqui mencionados, certamente poderá ser mais fácil. Uma dica é: seja claro com suas expectativas quanto ao desempenho da equipe, tanto para cima quanto para baixo.
A grande maioria dos gestores costuma deixar bem claro para suas equipes quais serão os prêmios e/ou benefícios caso demonstrem alto desempenho, ou seja, se o profissional atingiu a meta proposta.
Entretanto, vejo pouquíssimos fazerem o mesmo quanto ao baixo desempenho de uma equipe.
Em situações assim, a equipe sabe claramente o que pode acontecer quando os desafios ou metas são superados, mas não tem noção do que pode acontecer caso não superem seus desafios. Quando essa situação se torna realidade, teremos então a típica situação em que o gestor pode ser visto como uma pessoa "desmotivadora", pois geralmente a atitude necessária do gestor diante de um desafio não superado exige a tomada de decisões "impopulares" ou mais "dolorosa" com a equipe. Assim, ele é visto como pouco habilidoso em motivação de equipes.
Ao longo dos nossos 17 anos de atuação como consultoria comprovamos que os problemas entre o gestor e sua equipe dificilmente se dão por conta da tarefa que deve ser feita, mas pelo modo como ela é feita.
Quando devem executar uma tarefa, os integrantes da equipe sabem quase 80% do QUE deve ser feito, mas não conseguem imaginar nem 20% do COMO deve ser feito. Para reverter a situação, instrumentos de descrição de cargos ou equipes de trabalho com informações de como a empresa e o gestor esperam que o trabalho seja feito são grandes aliados para resolver esse impasse.
Ela irá definir, por exemplo, se o trabalho requer mais precisão e ordem do que cumprir prazos, ou se ele deve ser realizado por meio de relacionamentos pessoais ou de maneira mais precisa e impessoal. Com isso será possível equacionar o problema e diminuir as chances de ocorrer um desentendimento entre gestor e equipe.
Outra dica que dou ao gestor é identificar o perfil pessoal, os comportamentos, de cada integrante da sua equipe. Para isto, pode se valer de instrumentos próprios para esta tarefa ou aguçar a sua percepção de comportamentos observáveis com o fim de identificar o perfil comportamental de cada um dos integrantes de sua equipe. O objetivo principal disto é entender quatro pontos fundamentais para a motivação de pessoas: o que motiva esta pessoa e o que desmotiva? Quais os talentos e quais são suas limitações?
Acredito no pressuposto de que tratar consistentemente um profissional não quer dizer tratar a todos por igual, mas tratar a cada um como ele gosta de ser tratado. Este é um dos pontos cruciais para manter uma equipe motivada e com garra. Simplificando: para motivar o profissional, trate-o do jeito que ele mais gosta.
Por meio destes passos certamente a tarefa do gestor em motivar sua equipe será facilitada. Entretanto, nunca se esqueça que motivar pessoas é como construir uma ponte com duas equipes, uma em cada lado do rio. Ela só poderá ser feita se cada equipe fizer sua metade. Faça você a sua!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Conseguiu um estágio? Veja os dez principais erros que você não pode cometer!

Conseguir um estágio é uma conquista e tanto para qualquer profissional em início de carreira. Contudo, passada a euforia, o estagiário precisa se assegurar de que não cometerá impropriedades no ambiente de trabalho que possam prejudicar seu desenvolvimento profissional e comprometer uma possível efetivação.
Para evitar tropeços graves, o estudante deve ter em mente de que não é só porque é estagiário que tem o direito de cometer um erro atrás do outro e se comportar como se não precisasse ter responsabilidades.
“Ao contrário, o estagiário já deve se comportar e se comprometer como um profissional”, reforça a gerente de treinamento do Nube, Carmen Alonso.
“Um estágio abre muitas portas, especialmente quando você mostra que tem opinião, conhecimento e vontade de crescer na profissão”, ressalta o consultor da Cia. de Talentos Vitor Pascoal.

Evite erros
Equívocos nos processos de trabalho são aceitáveis, já que o estágio tem como proposta justamente ensinar o estudante a prática da profissão que ele escolheu e estuda. Contudo, existem erros de conduta que, se cometidos, maculam a imagem do futuro profissional.
Se não vistos com cuidado e antecedência, vai ser difícil reverter algumas situações. Por isso, especialistas apontam os dez principais erros que o estudante não pode cometer no estágio.
Falta de iniciativa Para Carmen, do Nube, um estagiário acomodado não tem vez nas empresas. “O estudante tem que demonstrar interesse em aprender sobre a empresa, sobre a área em que ela atua e sobre o seu trabalho especificamente”, alerta. “Quanto mais participativo for, maiores serão as probabilidades de se tornar um bom funcionário”, completa Pascoal.
Torcer o nariz para feedbacks Não tem jeito, se os profissionais têm seu trabalho avaliado a todo o momento, o estagiário o terá a toda hora. E isso é saudável, pois faz com que a tarefa seja executada com mais primor. Por isso, ele deve aceitar as avaliações como uma ferramenta de desenvolvimento. “O estagiário, principalmente, precisa ter a humildade de olhar para os próprios erros”, ressalta Carmen. Para Pascoal, o estagiário precisa estar preparado e disposto a aprender.
Irresponsabilidade Tarefa dada é tarefa cumprida. É assim que os estagiários devem lidar com as responsabilidades que têm no trabalho. Deixar de cumprir alguma atividade é um dos principais erros que devem ser evitados. “Quando isso acontece, o estagiário não só prejudica a si mesmo, como também prejudica o esquema de trabalho da equipe”, lembra Carmen.
Não se entrosar Entrar no estágio de "cara-amarrada" não ajuda em nada. Só atrapalha. Nessa fase, não dá para ficar isolado. “O estagiário deve mostrar qualidades como trabalhar em equipe, interesse nas atividades, estar disponível para execução das tarefas”, afirma Pacoal. Para Carmen, o estágio pode se tornar o primeiro local importante para que o estudante comece a fazer seu network.
Ter faltas e atrasos É fácil “conquistar” a imagem de descomprometido quando atrasos e faltas são recorrentes. “Faltas e atrasos comprometem as atividades da equipe”, reforça Carmen. Dessa forma, quando ocorrer algum imprevisto, tente avisar o líder o mais rápido possível, por telefone e não por e-mails.
Pensar apenas na bolsa-auxílio Está certo que o valor da bolsa-auxílio pesa na hora de o estudante escolher a empresa onde quer trabalhar. Mas é bom que ele tenha em mente que a ideia do estágio é colocar em prática a profissão que ele aprende na teoria. “No estágio, ele aprende a como lidar com hierarquias, a ter a postura correta em ambientes corportativos. Ele vai ter um ganho profissional”, diz Carmen. E isso, muitas vezes, tem mais valor que a bolsa.
Ficar com medo de perguntar Ninguém nasce sabendo. E nem estagiário chega em uma empresa já sabendo exatamente o que tem de fazer. Por isso, perguntas são bem-vindas. Deixá-las de lado não só mostra o quanto o estagiário é passivo, como pode prejudicar a qualidade de seu trabalho. “Ele deve fazer perguntas, mas sem arrogância”, lembra Carmen.
Linguagem muito informal Nada de gírias ou palavrões. Na hora de escrever, nada de abreviações ou brincadeirinhas ": )". “O estagiário deve entender que o modo como ele fala e escreve nas redes sociais ou com os colegas de faculdade não deve ser o mesmo modo como ele conversa no trabalho”, diz Carmen. Para evitar equívocos, seja o mais formal possível. Pelo menos até ter mais intimidade com os colegas. Para Pascoal, manter-se atualizado ajuda a estabelecer uma conversa que foge de informalismos. “Quanto mais você souber, mais à vontade você estará para conversar e contribuir com seus chefes e colegas de trabalho”, explica o consultor.
Cada atividade tem sua hora Fazer atividades relacionadas à faculdade ou resolver problemas pessoais no horário de estágio pega mal. “A nova lei de estágio veio justamente para dar mais tempo para que o estudante possa realizar suas tarefas de estudante”, afirma Carmen. Por isso, concentre-se: as seis horas que você fica no estágio são para executar tarefas da empresa.
Relaxar na aparência A maneira como você se veste diz muito sobre você. Por isso, tente se vestir de modo formal nos primeiros dias e observe como os outros estagiários e profissionais se vestem. “Vista-se de acordo com a cultura da empresa”, reforça Pascoal. “Se houver dúvidas, adote um padrão discreto, com cores neutras e roupas sociais básicas”.

Esquecer-se de você
Estágio é uma fase importante para a carreira. Ele lhe dará bases importantes para seu desenvolvimento profissional. Isso não significa que você tenha de ficar o dia inteiro se dedicando a ele. Cumpra suas atividades da melhor maneira possível dentro do seu horário. “A nova lei de estágio tenta manter o equilíbrio entre a atividade acadêmica e corporativa”, diz Carmen.
Para ela, o importante é que, no final das contas, o estudante não se esqueça da sua formação. “O primeiro passo é concluir a graduação”, diz. Por isso, não priorize o estágio ou a faculdade. Tente manter o equilíbrio entre as duas atividades.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Não aguento mais! Saiba como pedir para trocar de atividade



A rotina faz parte da vida profissional de muitas pessoas. Em busca de novos desafios, alguns profissionais pensam em pedir para trocar de atividade ou até mesmo de área na empresa.
Antes de tomar esta decisão, a consultora em Recursos Humanos do Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo, Juliana Saldanha, afirma que o colaborador deve analisar quais os motivos que os incentivam a fazer esta mudança.
“Existem duas situações. A primeira é que o profissional está desmotivado, seja com a atividade, com o gestor ou até mesmo com a empresa. Já a segunda é que a pessoa não se identifica com a área em que trabalha”, diz.

Ocasiões diferentes
Caso o profissional esteja desanimado com o trabalho, a especialista aconselha que a mudança não seja tão radical, como mudar de área, já que o problema pode ser resolvido com pequenos ajustes.
Em relação à falta de identificação com a área, Juliana indica que, antes de conversar com o líder, o profissional reflita sobre a ideia e faça cursos para se especializar, como uma pós-graduação.
“É muito importante saber qual é a razão para a mudança. Essa será a primeira coisa que o chefe irá perguntar. O profissional tem de deixar claro os motivos”, diz Juliana.

Cultura da empresa
Após a reflexão sobre os motivos da mudança, o profissional tem de analisar a cultura da empresa, já que em algumas a possibilidade de realocação é mais fácil. É o que afirma a professora do Núcleo de Estudos em Gestão de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Adriana Gomes.
“A conversa irá depender da cultura da empresa. Algumas podem achar que a troca de atividades ou de área é ruim, pois leva um tempo para o profissional se adaptar. Tudo isso é uma grande miopia, já que a pessoa desmotivada reduz a sua produtividade”, explica Adriana.

Como pedir
Caso a empresa possibilite este diálogo, a especialista aconselha que o profissional se mostre interessado em outras atividades ou áreas. Uma dica é sugerir que seja incluído em alguns projetos.
Durante a conversa, é importante ressaltar que não deixará de fazer as suas atividades, mas gostaria de conhecer outras. “Isso fará que o processo de transição de área ou cargo amadureça”, diz Adriana.
O profissional também deve considerar a situação da empresa, já que pedidos de mudança não são bem vistos em momentos de reestruturação da equipe ou da área e se a empresa estiver com funcionários a menos.
“As pessoas querem respostas imediatas, mas elas têm de pensar na empresa. É importante lembrar que a equipe tem de ser um time. Não pode pensar só no seu lado. Mas o fundamental é que o profissional entenda realmente quais são os seus objetivos de carreira”, finaliza

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A hora de dar um basta na rotina frenética do trabalho

Um levantamento realizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) revelou que o estresse, em suas mais variadas formas, atinge cerca de 90% da população global.
Esse quadro está associado ao desenvolvimento de uma série de doenças, como câncer, depressão, diabetes e principalmente a hipertensão. No Brasil, por exemplo, 132 mil infartos são causados pelo estresse do dia a dia, conforme dados do Ministério da Saúde.
Tão suscetíveis quanto qualquer ser humano, os executivos, cujo padrão de trabalho extrapola as mais recomendadas cargas horárias, acabam por se tornar alvo fácil desses sintomas. A crença hoje é achar que estar ocupado é sinônimo de competência.
"Vivemos num mundo globalizado, na sociedade 24 horas onde o tempo tornou-se um aspecto importantíssimo e “o demais” permeia a vida das pessoas. No entanto, muita gente confunde agenda lotada com sucesso profissional e competência", afirma a vice-presidente de projetos da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), Sâmia Simurro.
Segundo Sâmia, alguns psicólogos do Reino Unido levantaram a possibilidade de as pessoas sentirem necessidade de preencherem toda a sua agenda, por terem medo do tédio e da solidão em que elas se encontram.

Carreira

Na opinião do presidente da Sociedade Cre Ser Treinamentos, Eduardo Shinyashiki, ao entrarmos no famoso “piloto automático”, realizamos as mesmas sinapses e exploramos os espaços de sempre do nosso cérebro, reduzindo a nossa capacidade mental de raciocínios e reações.
"A longo prazo, todos os prejuízos que poderiam ter sido evitados acabam resultando em maus resultados na carreira, relacionamentos conturbados e até mesmo graves doenças. Ou seja, somos obrigados a dar um basta em tudo, em paralisar os planejamentos e nos afastar daquilo em que despejávamos todos os nossos esforços e expectativas", afirma.
O que muitos não enxergam é que essa interrupção poderia ter sido evitada, com um pouco de paciência, empenho e reflexão, observa o especialista.

Trabalho

Para ambos os especialistas, não existe uma fórmula mágica para evitar ou ignorar situações estressantes. A diferença real está em como encarar as circunstâncias.
"Acredito que existam várias razões para essa dificuldade. Uma delas é a falta de compromisso com suas prioridades. Não importa a quantidade de tempo que dispomos, mas, sim, como estamos utilizando o nosso tempo", avalia Sâmia.
Contudo, essas advertências não estão relacionadas ao desligamento do trabalho, mas a uma quebra de um ritmo acelerado com as tarefas profissionais.